domingo, 23 de novembro de 2014

Resenha do livro, MALDITA GUERRA - Nova história da Guerra do Paraguai, Francisco Doratioto

                                                                      Anderson Gataveskas Garcia

O presente livro, nos da á honra de interpretar a guerra do Paraguai, sobre um novo prisma e além da historiografia mais tradicional. Tendo, como base, uma pesquisa de fontes primárias e profundo conhecimento da literatura secundária.
Primeiramente, o autor, desfaz o mito, no qual se diz, que a guerra do Paraguai, foi decorrente aos interesses do “Império britânico” . No entanto, através de documentos adquiridos, há uma carta, do diplomata britânico, para um representante do Paraguai, relatando, que os ingleses eram contra a qualquer desentendimento  na região e que havia, naquele momento, intrigas entre os ingleses e  Brasil. Assim, o conflito era algo regional, e deixando a Inglaterra como secundária.
Outro mito derrubado pelo autor, foi em cima de Solano López, a efígie do ditador esclarecido começou a ser forjada em seu país com objetivos pouco nobres. Ela se esboçou, primeiro, numa campanha de marketing promovida por seus familiares para tentar reaver os bens de López confiscados após a guerra. O livro procura mostrar que López, na realidade, foi um "caudilho caricato" que governou o Paraguai como se fosse uma estância rural e implantou um regime de terror contra os opositores.
O Império brasileiro do século XIX, por sua vez, tinha uma preocupação com seus vizinhos, a principio grande atenção com os interesses argentinos, pois o mesmo, poderia  provocar o separatismo gaúcho e , também exerce qualquer tipo de influencia ou dominação sobre o Paraguai. Além de tudo isso, o Império, tinha em relação com o Paraguai, buscar um tratado sobre a fronteira sobre os dois países, e ter livre navegação no rio Paraguai, no qual se comunicaria com a província do mato grosso.
O Paraguai, por sua vez, acabou se isolando sistematicamente e manteve uma certa independência a Buenos ares. E, também criou uma burguesia rural, da qual, conseguiu acumular riquezas a partir da agricultura. Posteriormente houve a modernização do pais, maquinários e técnicos foram importado da Inglaterra, para isso era preciso o acesso ao mar, e também modernizou sua esquadra militar para se defender de possíveis invasões.
Em 1862, com a presidência de Bartolomé mitre, a argentina se reunificou criando a Republica Argentina. A Argentina, passa a apoiar os colorados contra os blancos ,no Uruguai . Com isso, os blancos se aliam ao Paraguai, para obter apoio contra Brasil e argentina. Em decorrência, dessa aliança, a argentina aproximou-se do Brasil, propondo um eixo de cooperação. Assim, o Brasil interveio no Uruguai com apoio da argentina, derrotando os blancos e colocando os colorados no poder. Em 1864, o Paraguai invade o Brasil através do mato grosso e corrientes na argentina. No ano seguinte, houve a formação da tríplice aliança ( Brasil, Argentina e Uruguai).
Solono Lopez ditador do Paraguai, tinha um plano de fazer uma guerra relâmpago, iniciada pelo norte, onde teria o apoio da população de corrientes, que tinha Paraguai como libertador e se juntariam as suas tropas, migrando para Buenos ares para derrubar o governo de mitre. E, consequentemente, invadia o sul do Brasil, onde encontrariam os blanco do Uruguai como seus aliados. Com essa movimentação militar, forçaria o Brasil a assinar um tratado de paz e reconhecer o Paraguai como o terceiro poder da região e também, conseguiria o acesso ao ponto de montevideu, no qual conseguiria o acesso ao mar.

            Entretanto, houve o fracasso na ofensiva Paraguai, primeiramente, os federalistas argentinos, acabaram não seu uniram na ofensiva Paraguai diante a argentina. Já na batalha Naval de Riachuelo, disputada diante da marinha do Brasil, no arraio Riachuelo na região de corrientes ( Argentina), ocorreu uma derrota frustrante para o Paraguai e na invasão do cornel estigarribia na Uruguaiana, acaba sendo derrotado pelas tropas do exercito brasileiro em 1865. Assim, as tropas do Paraguai acabam sendo derrotada sucessivamente pelas tropas brasileiras e argentinas. Em 1869, os brasileiros ocupam Assunção , que declara guerra terminada .

MEDITAÇÃO SEGUNDA - DESCARTES (adaptação)

A investigação filosófica de Descartes consistiu na dúvida metódica para se chegar um fim, a certeza.
Envolvido em suas meditações Descartes propõe a duvidar das coisas.
O que poderia consistir então de verdadeiro? Talvez nada mais, considerando que o mundo não tenha nada de certo.
 Descartes duvida de ser algo e no seu limite persuadindo a si  duvida que não exista.
O enganador não pode fazer com que não seja nada enquanto pensa em alguma coisa, isto é, o que está à prova não a verdade ou falsidade das coisas do mundo, mas a existência de si por meio da razão.
Considerando que é alguma coisa que pensa, Descartes explica o que seja essa característica própria do humano e define: o que duvida, concebe, afirma, nega, quer e sente. Com isso o filósofo retoma as questões dos sentidos e argumenta que há em si bastante coisas em que não haveria como não pertencê-las, pois mesmo que essas ideias fossem ilusões não poderia deixar de pensá-las. Mesmo que imagine receber informações do mundo exterior pelos órgãos dos sentidos e, alguém diga que esteja sonhando, é desta forma que sente, ouve e se aquece.

O espírito (razão) se define em investigar as questões dos sentidos com cautela.
O filósofo escolhe alguns corpos em particular para explorar e desenvolver suas ideias, por exemplo, um pedaço de cera. Uma cera que foi retirada da colmeia que mantém seu aroma e doçura. É dura e fria, e quando se toca ou batem nela produz um som. Sua cor, figura e grandeza são concebidas como aparentes.
Analisando, ao aproximá-la do fogo suas características percebidas por meio do sentidos mudam, por exemplo, seu sabor exala, seu aroma esvanece, sua cor muda, sua figura se perde, sua grandeza aumenta e quando líquida não produz mais som. Descartes levanta as seguintes questões: Será que permanece a mesma cera depois da mudança? Acredita que sim e ninguém pode negar.
Descartes se espanta ao analisar que o seu espírito (sua razão) apresenta fraqueza ao pensar no sentido de levá-lo ao erro. O filósofo se vê quase enganado por considerar que a cera é conhecida pelos sentidos desconsiderando o seu espírito (razão), isto é, aceitar algo que provem apenas pelos sentidos como aceitação de algo verdadeiro e descartar o esclarecimento obtido pela razão é simplesmente, enganar-se sobre a verdade.
Com isso para Descartes o homem que queira elevar o seu grau de conhecimento deve se desfazer das conclusões sem critério. Sua indicação é conhecer as coisas por meio da razão, excluindo todas as dúvidas possíveis até chegar ao conhecimento. E assim, mesmo que reste alguma dúvida ao final do processo não poderá descartar o modo do espírito (razão) de chegar à verdade.
Então, Descartes depois de apresentar todas suas ideias encerra com a seguinte questão: O que poderá dizer de si mesmo? Apenas que o seu espírito existe.
Portanto, o filósofo diz que está de volta onde queria já que a razão é forma de encontrar o conhecimento seguro. Se for mais fácil de conhecer o espírito do que as coisas materiais Descartes analisa com cautela suas investigações sobre as conclusões que adquire sobre o mundo externo, pois está ainda em sua mente concepções do modelo antigo.
 Pois então, o que a conhecia com tanta distinção que ainda a reconhece? Pelos sentidos nada a cera não é doce, não é aromática, não apresenta a mesma figura e não apresenta som, mas continua a mesma.
 Então, o que é a cera precisamente? Afastando de todas as coisas que não a pertence, restam apenas: algo extenso, flexível e mutável.
Por Descartes flexível e mutável são diversas formas que a cera ou outra matéria poderia se constituir em detrimento de suas mudanças. E o extenso, não é obtido pelos que os sentido dizem, mas apenas por ser uma inspeção do espírito (racionalização) no qual pode ser imperfeita e confusa ou clara e distinta. No atual momento de sua atenção se volta mais ou menos à composição da cera.




Resenha do livro: Vernant, Jean-Pierre – Mito e religião na Grécia antiga. Tradução Joana Angélica D’Avila Melo. São Paulo; WMF Martins Fontes, 2006.

        
                                                                                  Anderson Gataveskas Garcia


            O livro do historiador e antropólogo Jean-Pierre Vernant traz um estudo sério para compreendemos o quadro da religião cívica dos gregos. No qual, demonstra um estudo dirigido, na compreensão da religiosidade grega que se caracteriza em ser uma religião sem deus único, sem igreja, sem dogma, sem promessa de imortalidade. Demonstrando, porém, que a religiosidade grega mostra-se orientada pela a vida terrestre segmentada em um  estatuto social, e não tendo nenhuma ideia  plena  de uma salvação para o outro mundo.
            Assim, o pesquisador detém-se em mostrar, que a religião grega arcaica e clássica, que se opõem adversas das religiões atuais. Os gregos cultivavam os cultos politeístas, tendo vários deuses para cultivar, bem sendo que não conheceram nenhum profeta ou messias e, sim uma tradição enraizadas e constituída pela civilização helênica, que através dos seus sistemas de valores e regras de vida coletiva, foi determinante para segmentar uma tradição religiosa, que não obstem á nenhum tipo de dogmas e nem clero ou sacerdotal, e muito menos de livro sagrado que pudessem seguir como verdades.
            Notadamente, o autor ressalta que essa tradição se conserva e se transmite, por narrativas  puramente oral, o famoso boca a boca, em cada lar e principalmente pelas mulheres, que passavam os contos, dês de pequeno para as crianças. Porém, segundo o autor, o principal transmissor, foram os poetas, que pelos seus canto e apoiado pela música, durante banquetes e festas oficias, transmitiam os mundos dos deuses, e com isso, se situava a memorização e a comunicação do saber, criando um valor quase canônico dos seres divinos.
            Porém, tratando-se do mito na antiguidade grega, Vernant, defende que o mito constituiu uma rede, interligando com o ritual e a figuração. Segundo este, o mito faz sua parte nesse conjunto da mesma maneira que as práticas rituais e os modos de figuração do divino, constituindo três formas de expressão – verbal, gestual e por imagem (p.24), assim, através desses três fatores que a religião dos gregos se manifesta, tendo cada uma se transmitindo sua linguagem única e se associando entre ambas, mas com uma função autônoma.Apesar disso, o autor adverte que a decifração do mito responde outras finalidades que não as do estudo literário , e sim visa, destrinçar, na própria composição da fábula, no qual segundo Vernant, seria uma “ideologia”(p.26) em relações mútuas, com o natural e o sobrenatural .
            Entretanto, o autor demonstra  o mundo dos deuses, mostrando um sistema, que há entre os deuses e os humanos, situado em três bases, soberania, guerra e fecundidade, no qual se manteve no essencial (p.29)servindo de sustentação e sua base.No entanto, Vernant, usa exemplos do deus Zeus, para explicar a dualidade desse mesmo, passando pelos mortais e imortais e enfim, mostrando a importância dos semideuses, sendo que eles pertencem a espécie humana.Há também, algo bem mencionado pelo autor, o fator do sacrifício, mesmo sendo uma religiosidade politeísta e não seguindo, nenhuma profecia escrita, os gregos se obstem-se ao sacrifício pelo sangue, para uma oferenda aos deuses.
            Contudo, há o fator da filosofia que nessa época, como a religião grega nunca se preocupou na transcendência da alma ou sua purificação, a filosofia assumiu essa tarefa colocando sempre em pauta a imortalidade da alma, reflexão sobre ela, sua natureza e seu destino, buscando uma união de si e de deus, purificando a alma de tudo o que nela, não está aparentado como divino. Com isso tudo, a filosofia se apropriou-se daquilo que a religião grega deixa fora do seu campo.Desse modo, segundo o livro, a religião ocupou um segmento de proporcionar aos cidadãos uma existência plenamente humana, sobre o lugar reduzido do individuo que ocupa nessa economia do sagrado.
            Por tudo isso, considerado o maior helenista vivo e responsável pelo amplo interesse em todo o mundo pelos estudos helênicos, Vernant, deixa registrado em uma complexidade e percepção não só de antropólogo, mas sim, sobretudo de um verdadeiro historiador, esse trabalho, elaborado com um estudo brilhante e precioso, deixa um estudo, sobre o mito e a religião, não só para os leitores de historias, mas sim para os presente e futuros professores. Um livro, no qual dá para usar um estudo amplo, no ensino escolar e quanto nas universidades. Enfim, um verdadeiro estudo sério, sobre mito e religião na Grécia antiga, que nos traz valiosos ensinos dessa civilização, que deixou um legado, além da ética e cidadania , mas sobretudo, em sua filosofia de vida.


            

Artigo - Os Jesuítas e seus ensinamentos.


                                                                                               Ana Paula dos Santos¹

RESUMO

            Este estudo tem objetivo de demonstrar a ação dos jesuítas na América, dando ênfase no Brasil no século XVI. Mostrará relatos e a metodologia utilizada na catequese e a imposição da cultura portuguesa para com os indigenas, bem como, mostrar o legado dos jesuitas deixado para os indigenas. Busca também esclarecer as reais intensões desses ensinamentos trazidos da Europa para catequizar e levar o interesse da igreja nessas missões.

PALAVRAS-CHAVE: Jesuítas, Companhia de Jesus, Inácio de Loyola, Missões.

INTRODUÇÃO

Os jesuítas foram padres da igreja que faziam parte da Companhia de Jesus. Essa companhia foi fundada em 1534 por Inácio de Loyola. Seu principal objetivo era barrar o avanço do protestantismo, pois essa ordem religiosa estava vivenciando o contexto da “contra reforma Católica”.
JonhO`Mlley (1993) em sua obra Os primeiros Jesuítas, mostra como os padres da companhia de Jesus agiam em seus primórdios. Eles queriam levar a palavra e seus ensinamentos para as pessoas, a principio, iniciou-se em praça publica e posteriormente em escolas e colégios que foram fundados para esse propósito. Nesses colégios os professores seguiam a obra de Loyola, Os Exercício (1534), que continha o exercício para ajudar na aprendizagem dos alunos.
Assim, do inicio da primeira expedição no Brasil em 1549 pelo jesuíta Tome de Souza, e passando ao longo dos séculos, esses celebres educadores, tiveram uma imensa contribuição para os valores educativos e colaboração direta nas fundações de importantes cidades no Brasil.


A VINDA DOS JESUÍTAS PARA O BRASIL

Os estudos de Mário Simon (1987) Em Breve notícia dos sete povos descreve que os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, com a expedição de Tomé de Souza. O receio com os avanços dos bandeirantes portugueses ao sul e nordeste brasileiro deu uma motivação para a instalação dos jesuítas da Companhia de Jesus em missões. Segundo Mario Simon, os jesuítas eram padres que vieram para cristianizar o selvagem e prepará-lo para ingressar já civilizado no mundo europeu. Essas missões[1] seriam a característica, além da pregação do evangelho e a salvação das almas para cristo.
Assim, alguns conceitos serão descritos para melhor compreensão do contexto jesuítico. Um deles é o conceito de redução: aldeias, povos, doutrina ou missão, que era desenvolvido sem ajuda em dinheiro, onde não havia desigualdade, a princípio, havia dois padres, possuía trabalho coletivo dos indígenas e a administração era realizada pelos próprios índios, onde o chefe maior era chamado de corregedor. Os índios não tinham propriedades privadas, as terras eram de todos.
A cultura brasileira, nos valores da religião cristã, desempenhou na catequese um papel de conversão e sobrevivência dentro da sociedade. Alguns valores serviam para a condenação ou extinção da comunidade local. A catequese é toda ação pastoral da igreja: a doutrina, o meio de ensino, o comportamento de seus integrantes e dos seus fiéis. No século XVI Estado e Igreja se fundiam numa única sociedade, ”suigeneris”.
Para Mário Simon Cristianização e aportuguesamento são tarefas sinônimas, pois através do ensinamento cristão os jesuítas passavam aos indígenas os valores portugueses, e muito dos costumes. A catequese pode ser vista como um fator primordial da colonização e como instrumento de imposição cultural que moldava os índios aos parâmetros portugueses.
Serafim em Historia da Companhia de Jesus no Brasil faz uma critica ideológica das razões possíveis da catequese.

“É sabido que os Portugueses, e é esta uma das suas glórias, nunca fizeram distinção de raças nas terras que a Província confiou à sua colonização. Os jesuítas, portugueses e brasileiros, muito menos. Se não se admitiram nas escolas do Brasil escravos, a razão foi à mesma que atinge hoje a grande massa do proletariado; não o permitiam as circunstancias econômicas da terra, nem os senhores compravam escravos para os mandarem estudar. (Serafim, 1933-1950. p.91)”

Quando Serafim fala do trabalho indígena nas fazendas jesuíticas ele aponta que: “(Os índios da America não conheciam, antes do descobrimento, nem o arado, nem a nora, nem os quadrúpedes de tiro” e com os portugueses exercitaram todas as indústrias agrícolas e em particular, os jesuítas chegaram a realizar empresas hidráulicas de grande envergadura, represas, canais, etc.
Por outro lado, escreve que não havia igualdade com os indígenas, pois eles possuíam um atraso mental e por isso não estavam ainda preparados para uma incorporação desse porte dos portugueses. Serafim fala ainda sobre o progresso trazido pelos portugueses para a América para os indígenas em particular. Como o arado, técnicas hidráulicas, ensino religioso, etc. Já por outro lado questiona esses avanços portugueses para com os indígenas, pois segundo ele, os índios não estavam ainda prontos mentalmente para entender essas informações portuguesas.
Para Serafim uma coisa é certa; houve aculturação, pois os indígenas eram submetidos à cultura portuguesa e os portugueses não possuíam uma sensibilidade para também aprender com a cultura local indígena. Aprenderam, porém, bem menos que os indígenas.
Atualmente os teólogos chamam esse fato de enculturação, ou seja, a adaptação da genuína mensagem de fé a outras culturas que não a européia.



A COMPANHIA DE JESUS

A companhia de Jesus foi fundada para ajudar almas na vida e a doutrina cristã. Pregação, lições publicas, anunciar a palavra de Deus como são, dar os Exercícios Espirituais, ensinar o cristianismo, ouvir as confissões e administrar sacramentos.
A Companhia é um corpo docente (corpus docentium) instituído pela autoridade da Igreja e possui um plano de ensino chamado RatioStudiorum SocietatisJesu que tem por objetivo as prescrições do fruto do estudo e investigação, da competência e bom conselho de muitos homens sábios, de normas e critérios.
Assim, o modo de ensinar da companhia utiliza o método próprio. Princípios de pedagogia, delineados por Santo Inácio, O RatioStudiorum.Com base no artigo de Jesus Maria Sousa, Os jesuítas e o RatioStudiorum (2003) RatioStudiorum é um plano de ensino trazido pelos jesuítas que serviu de modelo de ensino pedagógico para a educação jesuítica.
Atividade educativa inclui pontos de referência: primeiro é o fim, o segundo é o complexo das atividades educacionais (meio e método) e terceiro é o fornecido pelas estruturas sociais e pelas exigências do professor e aluno.
O tesouro educativo da Companhia de Jesus era:
*O fim é a meta a atingir
*Os meios são os veículos a utilizar
*Os métodos é a estrada em que caminhar

O escritor inglês H.G.Wells escreve na sua obra Historia do nosso mundo que:

“Os membros da Companhia de Jesus devem ser contados entre os maiores professores e missionários que o mundo conheceu. Impediram a ruína da Igreja Romana. Em todo mundo católico soergueram a educação para um nível mais alto; por toda parte alevantaram a inteligência, aguçaram a consciência dos católicos; e estimularam a Europa protestante a que com eles competisse nas medidas educacionais. A igreja Romano-Católica vigorosa e lutadora que hoje conhecemos, é, em grande parte, fruto da atividade jesuítica. (H.G.Wells,1922)”

A companhia era uma Ordem cristão-militar. Quem quisesse entrar para essa ordem precisava ter uma saúde boa, talento, firmeza de caráter, pureza de costumes e desprendimento dos desejos terrenos. Inácio, o fundador dessa Ordem, tinha em mente criar uma espécie de milícia seleta de cristo, que sempre e por toda a parte estivesse às ordens do Papa, o representante de Cristo na terra.
Entretanto, a prática de cristianização, o representante teria que ter um preparo especial religioso. Um treinamento adequado com base nos Exercícios Espirituais.



ORBIS CHRISTIANUS

Os estudos de José Maria de Paiva, Colonização e Catequese, mostra que a OrbisChristianus é uma imagem cristã medieval do mundo. Fundou-se na crença de que o mundo é de Deus, cujo representante na terra é a Igreja Católica. Exigia os jesuítas, cultos e adoração para o Deus único e verdadeiro.Os jesuítas seguiam este sistema. Usava de força militar para com as camadas da sociedade. Agiu-se movido por esta concepção totalitária no mais profundo sentido porque visava implantar a única totalidade: o “orbischristianus” (orbe cristão).
Os indígenas não viam os jesuítas com essa imagem totalitária, e sim como uma porção boa da sociedade portuguesa que estavam lá para ensinar, e para protegê-los contra os abusos da coroa. O OrbisChristianus tinha a função de levar a verdade absoluta sobre o único Deus que era representado pela a Igreja Católica na terra, ou seja, queria agregar mais autoridade para a Igreja. Os Jesuítas tinham em mente organizar os indígenas em aldeias e os catequizar, para facilitar a dominação e a imposição da cultura portuguesa.

A CATEQUESE

Embasado nos estudos de José Maria de Paiva a catequese no começo era igual para todos. Portugueses, colonos, indígenas e africanos. Na pratica, reduzia o índio à condição de grupo inferiorizado, mas sempre tendo o foco na prática da castidade pelos jesuítas.O índio foi separado da sua própria cultura, para atender os interesses mercantilistas português. Esses fatores de aculturação nos faz ter um acervo histórico, antropológico e sociológico muito amplo.
O mercantilismo com seu objetivo de conquistar mão-de-obra faz com que os padres missioneiros ensinem essa pratica aos indígenas, porém, esses padres não tomavam consciência disso, pois, para eles, estavam ensinando o povo americano a ser evoluído tendo na prática, agrícolas, hidráulicas, e principalmente estavam ensinando aos índios a fé cristã.
Portanto, a catequese em teoria ensinava o aportuguesamento, e depois tinha por objetivo colocar o indígena na sociedade, em seu devido lugar. Mas esse lugar era geralmente propicio a algum fim mercantilista. Os indígenas não tinham maturidade o suficiente para entender o que estava acontecendo com eles  (colonização e evangelização) e não viam os objetivos dos grupos para com eles (governo, colonos, missionários). Eles eram submetidos ao trabalho braçal, participação nas guerras, mudanças de costumes, doutrinação. E por não possuírem uma capacidade de raciocínio critico não percebiam o uso indireto da catequese para outros fins que não religioso.

“Mandam à frente os missionários, com palavras doces, falando a linguagem do bem; em caso de recusa, punham-se os missionários na retaguarda (estandarte nas mãos), e falavam a linguagem do mal, a linguagem das armas; uma vez sujeitados os índios, voltavam novamente os missionários da retaguarda, e pregavam a doutrina. (José Maria, 1982, p.53)”

Esse trecho mostra como era feita a imposição da fé, doutrinação e do trabalho aos indígenas. Primeiro os portugueses usavam de amizade, e pediam para os índios fazerem o que lhes eram propostos e se houvesse recusa os missionários usavam de força para conseguir o que queriam.


A PRÁXIS CATEQUETICA

Entende- se como práxis catequética aquilo que se fez como catequese e como foi feito. Ou seja, é a prática catequética.O caminho do mal é convidativo, porém, suas conseqüências são terríveis. O caminho do bem é a igreja: fora dela ninguém se salva. Os jesuítas, segundo essa prática, eram um estilo de milenaristas e messiânicos que correm aldeias anunciando a mensagem de Jesus. Procuraram pessoas quase morrendo para serem batizadas e pelo batismo salvar almas da danação eterna.
A morte de crianças batizadas era motivo de festa na terra e no céu. Pois acreditaram que as crianças não teriam sido ainda corrompidas com a maldade e malícia desse mundo.

 “Estava um índio doente nesta aldeia e viu-se tão mal que parecia a todos que morria. Falou-lhe o padre Gaspar Lourenço se queria ser cristão: ele secamente respondeu que não queria sê-lo voltou o padre a replicar sobre isto, ponto-lhe diante a gloria do paraíso e as penas do inferno, e que em mui breve ( das duas  uma: ou se fazia filho de Deus e herdeiro da gloria ou servo perpetuo do diabo e morador do inferno.{...} Não pouco depois de sua ida, veio um filho seu a chamar ao padre, dizendo: “vem acudir meu pai que morreu e pede que o batizes”. Foi o padre correndo encontrou-o inconsciente e depois que voltou a si lhe disse: se era verdade que queria ser cristão?(Serafim, 1933-1950, p.164)”

Por esse trecho, nota-se como era de fato a catequese, por sua vez, se não fosse por bem, seria por mal. Pelo o medo que os padres jesuítas faziam para com os indígenas. Que só se batizavam por medo da condenação eterna, e não por fé cristã.O batismo, na sua grande maioria, era concedido pelo amedrontamento e pela promessa de se ir para o céu. Era preciso ser cristão, deixar-se batizar, ingressar na igreja dos portugueses. E para o índio não havia outra opção, ou se era batizado ou escravizado. O batismo era visto como a entrada para a igreja. Na obra Cartas dos primeiros jesuítas para o Brasil o padre Nóbrega de 10 de agosto (1549, p.65), descreve que se “devem batizar somente crianças ou moribundos. Os adultos têm que primeiro, provar que se adaptaram aos novos costumes”,
Por volta de 1561 iniciaram-se os batismos em massa. A fase de aldeamento que era uma urgência da imposição dos costumes cristãos e o abandono da cultura dos indígenas. O batismo era visto como o abandono dos costumes antigos e a aceitação dos novos costumes. Para os índios isso significava a sujeição branda. ”Era o diploma de adaptação” descreve Nóbrega. Havia também a Comunhão que era uma ferramenta usada para disciplinar os indígenas.  Ela era usada como prêmio de uma vida irrepreensível.
Mesmo com o batismo os indígenas voltavam atrás e afrouxavam o seu voto pela doutrinação. A catequese veio como um remédio para os que estavam a perigo. O conteúdo da Catequese era composto em primeiro lugar, pela doutrina cristã: seus dogmas, princípios morais e espirituais. Tradução da mensagem religiosa é o que possibilita a conversão e a verdadeira fé, ou seja, dependia muito da maneira que os padres pregavam a palavra para os indígenas, pois eles não possuíam uma capacidade de distinguir entre atos religiosos e não religiosos.
A catequese serviu como um instrumento de imposição dos usos e costumes portugueses. O índio não conhecia comércio e veio o português e o apresentou. E os comprou com presentes: espelhos, facas, tesouros, panos, etc. e depois pediu algo em troca: o trabalho, comida, pau-de-tinta. E o índio não conseguia entender o que estavam perdendo, pois não tinha noção econômica.
Com base a estudos feitos pelo padre Antonio Sepp S.J, 1980, em Viagem às Missões Jesuíticas e Trabalhos Apostólicos, quando a raça branca entrou em contato com os povos primitivos da América, ficou frente a frente com as duas proposições de um dilema.
O primeiro era: Chacina em massa.
O segundo era: Cristianização.
Para, o Padre Antonio Sepp é inegável que o elemento indígena da América se converteu nas regiões conquistadas por homens de raça romana e de confissão católica, isto é, nos países latinos, de língua ibérica. No entanto, nos lugares em que foram exterminados (com radicalismo por meio de armas, violência, doenças, cachaça) os conquistadores eram germânicos e de outra confissão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos estudos historiográficos, conclui-se: que a criação dos jesuítas no seu inicio, teve como primeiro impacto, combater o avanço do protestantismo, dando assim, um ênfase na procura de novos fies e levar os ensinamentos cristã católicos a diversas regiões do mundo.
No entanto, chegando a colônias como no Brasil, se depararam com uma situação adversa da Europa, pois os indígenas eram totalmente selvagens, vendo isso os jesuítas perceberam que o trabalho seria ardo e duradouro. Neste cenário de novo mundo, esses eminentes educadores cristã, não só vieram no intuito de catequizar esses selvagens, mas em aportuguesar esses nativos e impor a cultura europeia.
Por outro lado, o legado dos jesuítas foi amplo, como a criação de cidades, como Salvador, São Paulo, São Vicente etc. A principal obra jesuíta no Brasil, foi à fundação de diversos colégios em toda território. Por fim, a colonização pelos portugueses, e com a chegada da companhia dos jesuítas, trouxe um molde pronto para os povos nativos na região colonizada, que acabaram se desenvolvendo nos moldes portugueses e nos ensinamentos dos jesuítas, que abrangeram ensinamentos, na cultura, língua, comercio, economia, religião. Toda colonização, tem seu lado positivo e negativo, no Brasil não foi diferente, mas uma coisa é certa, se não fosse os portugueses os colonizadores e nem outro colonizador, o desenvolvimento, nos parâmetros indígenas, não teria a rapidez que teve, mas aconteceria com o tempo, respeitando as necessidades desse povo.


REFERÊNCIAS     

ADDINGTON SYMONDS, John, A Reação Católica, 1886, p.65.

LEITE, Serafim, 1933-1950, História da Companhia de Jesus no Brasil, p.91-164.

NÓBREGA, Manoel, Cartas dos primeiros jesuítas para o Brasil, 1549, p.65.

O’MALLEY, Jonh, Os Primeiros Jesuítas,1993.

PAIVA, José Maria, Colonização e Catequese, 1982, p. 53.

SEPP, Antonio, Viagem às Missões Jesuíticas e Trabalhos Apostólicos, 1980.

SIMON, Mário, Breve notícia dos sete povos, 1987.

SOUSA, Jesus Maria, Os jesuítas e o RatioStudiorum, 2003.

WELLES, H.G, História do nosso mundo, 1922.
















[1] Graduanda do segundo ano do curso de licenciatura em História da Universidade do Sagrado Coração. Bauru/SP. Artigo realizado sob orientação dos professores: Doutora FEITOSA, L.M.G.C.; Mestre Nassarala, N.

RESENHA DO FILME AGONIA E EXTASE

 Anderson Gataveskas Garcia

O filme foi lançado no ano de 1965 nos Estados unidos da américa, tendo como diretor Carol Reed, seguindo o roteiro Philip Dunne, produção de Carol Reed, no figurino Vittorio Nino Novarese, no Design Produção John DeCuir. Tendo como elenco os autores, Charlton Heston, Rex Harrison, Diane Cilento, Harry Andrews, Alberto Lupo, Adolfo Celi, John Stacy, Fausto Tozzi, Tomas milian.
O filme retrata vida de um dos maiores artistas do mundo e, um dos principais nomes da arte de sua época, que é o artista Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, mais conhecido como Miguel Ângelo ou Michelangelo. No contexto de sua vida, Michelangelo se depara com seu maior desafio de sua vida, quando foi convidado pelo então nomeado papa de seu época  Júlio II a pintar o teto da Capela Sistina, no Vaticano, em Roma. Assim, o filme relata o dualismo de sentimentos de amor e ódio do papa Júlio II e Michelangelo.
Dirigido pelo americano, Carol Reed retrata a vida e a relação de Michelangelo e o papa Júlio II. O filme, se inicia na cidade de Florença, Itália, mostrando os primeiros anos de vida, desse magnifico artista, retalhando os mármores e fazendo belas esculturas. Com a sua fama, Michelangelo, vai morar em Roma, assim, sediando nesta cidade, o artista é convidado pelo papa Júlio II a pintar o teto da Capela Sistina. Mas, como Michelangelo não dominava a pintura, lhe recusou a principio a oferta, mas aceitando logo em seguida esse grande desafio e considerado sua grande obra. Não tendo a devida segurança na pintura, o autor, leva tempo para realizar sua tarefa, e recebendo pressões por toda a igreja e principalmente pelo papa Júlio II, no qual o filme, relata esse ambivalência de sentimentos de uma hora amor e outra de ódio um pelo outro. Mesmo abandonando a obra por doença, e as vezes sendo expulso pelo papa, e até sendo criticado por membros conservadores da igreja, Michelangelo, buscou inspiração na sua concepção de verdade, no qual ele achava que estava lendo e interpretando na bíblia, o autor, faz uma incrível obra, da criação humana, demonstrando que o homem, não é só corpo e sim razão também em sua concepção de mundo e criação.
Contudo isso, o Carol Reed, aborda a vida de Michelangelo, não seguindo um parâmetro de bibliografia de sua vida e, sim sua relação com o papa e seu próprio sentimento que ele empenhava em suas obras. Assim, mostrando a ambivalência de sentimento de ambos, que entre amor e ódio, eles iam se entendendo na medida do possível, a obra ia saindo aos poucos, mostrando que mesmo o artista não dominando com maestria o novo seguimento, pois ele mesmo só trabalhava e desenvolvia seus trabalho a partir do mármore, Michelangelo, mostrou não só para o papa e sim para o mundo que ele sim, não foi só apenas um pintor  a serviço da igreja, mas sim um gênio a ser lembrado e glorificado por todos.




Os problemas da filosofia - Capitulo 1 - Aparência e realidade.

ANA PAULA DOS SANTOS









 APARÊNCIA E REALIDADE
















BAURU
2014





BERTRAND RUSSELL


Aparência e Realidade

A obra “Os problemas da filosofia” do filósofo britânico Bertrand Russell foi produzida com o intuito de estudar de uma maneira facilitada a filosofia, e, com tal propósito, Russell inicia o livro com um capítulo de investigação e distinção entre aparência e realidade.
Para o autor aparência é tudo o que o objeto aparenta ser, para o observador, através dos sentidos, essa aparência depende de três fatores: o objeto, o observador e o fator externo. E a realidade é a forma real constituída através da experiência a partir das formas aparentes. A realidade não é o que vemos e sim o que inferimos sobre o que vemos.
Esse capítulo nos demonstra que até mesmo as coisas mais simples do cotidiano podem vir a se tornar matéria para inquirições filosóficas, ou seja, a filosofia está por toda parte, transformando o nosso modo de ver o mundo e trazendo de volta nosso interesse acerca dele.
Para Russel o papel da filosofia é evidenciado logo no início do capítulo: reavaliar tudo o que conhecemos, pois por vezes, o que nos parece óbvio, posteriormente se mostra contraditório.
Existe algum conhecimento tão certo do qual não possamos duvidar? Russell inicia sua obra com essa indagação a respeito do conhecimento, e a resposta a essa questão, será negativa se tivermos em vista os argumentos apresentados por Russell no decorrer do capitulo.
 O autor deixa evidente que nada é somente o que se aparenta ser. Dai o nome do capitulo: aparência e realidade. Por exemplo, a iluminação de um determinado local faz com que o mesmo objeto aparente ser de diversas cores devido ao feixe de luz sobre ele. Ou então, para um mesmo objeto pode haver varias formas, dependendo do ponto de observação; se um objeto está no centro de uma sala e ao seu redor existem pessoas o observando, cada pessoa observará o objeto de um determinado ângulo.
Alguns conceitos devem ser esclarecidos para melhor compreensão de sua obra. Um deles é os Dados do sentido: esse conceito consiste no que podemos conhecer a partir das sensações (corpo). Outro conceito é o de Sensação: consiste na experiência de ter consciência das coisas.
O autor analisa no primeiro capitulo uma mesa, essa mesa sendo retangular, escura e brilhante, enquanto para o tato ela é lisa, fria e dura e se movimenta-la possui um som de madeira, mas no entanto, todos que observam essa mesa terá a mesma visão? Se em uma determinada parte a mesa é mais iluminada, sua cor escura aparentará escura da mesma forma de outras partes sem iluminação?
O conhecimento nos advém de nossas experiências presentes, daquilo que atinge os nossos sentidos, ou seja, os dados sensíveis (tato, visão, adição, etc). Porém, para Russell é evidente que a partir do momento que o que pensamos conhecer e o analisamos, surgem dúvidas sobre a realidade daquilo que percebemos ou, de outro modo, duvidamos a respeito da natureza daquilo que atinge a nossa sensibilidade. Pois, uma vez que cor, textura, e forma estão sujeitos a diferentes modos de serem percebidos, dependendo da perspectiva adotada pelo observador no caso da forma, da incidência de luz sobre o objeto no caso da cor e também no que refere a instrumentos que potencializem os nossos sentidos, como o microscópio no caso da textura, não há como, pensando nas diversas formas de percepção que existem sobre um mesmo objeto, depositarmos a mesma confiança nos sentidos que tínhamos antes de começarmos a investigação.
Então surge a distinção entre aquilo que chega a nossos sentidos e o ser da coisa mesma, a distinção entre aparência e realidade. E se deixando levar pela dúvida, cogitamos, até mesmo, tal qual Berkeley, a inexistência deste mundo de matéria e aparência, tendo em vista que só o que temos certeza nesse mundo é que há pensamentos, mentes e sentimentos.
A maioria dos pensadores está de acordo quanto à existência e independência das coisas em relação a nós, mas não quanto a sua natureza. Leibniz fala em uma “colônia de almas”, consciências, Berkeley na “mente de Deus” ou a “mente coletiva do universo” e a dita ciência afirma, não menos estranhamente, em uma “coleção de cargas elétricas em intenso movimento”. Mas o que, de fato, sabemos sobre este tema é que as coisas não são o que parecem ser e que há uma realidade por trás disso no que aparece. 


REFERÊCIAS:

RUSSELL, Bertrand. Os problemas da Filosofia. Disponível em: