sábado, 14 de novembro de 2015

“A imaginação é mais importante que os conhecimentos”


Albert Einstein
Comumente apartamos o conhecimento da imaginação. Imaginamos o conhecimento como a expressão do real, e conhecemos a imaginação como o fruto do desvairo, do utópico. Tais faculdades, no entanto, estão intimamente relacionadas, interagindo entre si e com os homens.
Conhecimento sem imaginação é tedioso, repetitivo. É possível apenas reproduzir o que há nos livros, em um processo eternamente imutável. Estagnaríamos. A própria ciência formula hipóteses ─ que nada mais são do que imaginar ─ e assim evolui. August Ke Kulé, químico do século XIX, descobriu a estrutura do benzeno por meio de sonhos, do imaginário.
Imaginação sem conhecimento é inútil. Não se pode introduzi-la na realidade prática a não ser por intermédio do conhecimento do mundo concreto. Sem conhecer técnicas de pintura, Monet jamais pintaria “Rue Montorgueil embandeirada”. Sem conhecer música, Beethoven jamais teria composto “O imperador”. Franz Kafka escreveu A metamorfose porque conhecera previamente o uso das palavras.
A própria natureza tem consciência da importância de tal codependência. O cérebro humano destina o hemisfério esquerdo à análise crítica, lógica, objetiva. O direito, à subjetividade e ao sonho. Da interação recíproca vive a inteligência humana, com a qual criamos a arte, resolvemos problemas, redigimos redações...

Há uma gota de imaginação em cada conhecimento. Há uma gota de conhecimento em cada imaginação. 

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