Tópico I -
Aristóteles em sua
obra, no livro I, preocupa-se encontrar um método de investigação, pelo qual
possamos raciocinar sobre problemas que nos sejam apresentados, partindo de
opiniões geralmente aceitas, sobre qualquer problema.
A principio, para ter
uma melhor compreensão do seu tratado, Aristóteles explica o que é o
raciocínio, como sendo um argumento em que a partir das primeiras premissas as
outras são deduzidas através delas.
Há três tipos de
raciocínios: o dialético, caracterizado por partir de opiniões geralmente
aceitas; o contencioso ou erístico, que partem de opiniões que parecem ser
geralmente aceitas, mas não são de fato; e o paralogismo ou falso raciocínio,
são conduzidos por pressupostos falsos.
Aristóteles desenvolve
esse tratado para trabalhar o adestramento do intelecto, as disputas casuais e
as ciências filosóficas, ou seja, esse tópico nos possibilita a usar o discurso
sem cair em contradição. Com esse adestramento, primeiro devemos compreender o
que será argumentado e depois revisar o material que utilizaremos para tal
argumentação para evitar contradições ou falhas no discurso.
O raciocínio é
composto de argumentos que parte de proposições e seus temas (problemas). Sendo
os argumentos destacados como proposições e os temas relacionados como os
problemas, As proposições e os problemas indicam um gênero, uma propriedade, um
acidente e uma definição. A definição é uma frase que significa a essência de
uma coisa. A propriedade é um predicado que pertence precisamente a alguma
coisa. O gênero é o que se predica a partir de sua essência. Já o acidente como
sendo algo que pode ou não pertencer a uma determinada coisa, além de ser também
uma propriedade temporária.
Utiliza-se um plano de investigação para encontrar e manipular a
identidade de algo. Essa identidade pode ser: numérico, especifico e genérico. A
identidade numérica é utilizada quando se tem mais de um nome para a mesma
coisa. A Especifica (espécie) é utilizado para coisas idênticas e da mesma
classe. E a identidade genérica é para perceber as coisas que pertence ao mesmo
gênero.
No raciocínio também há diferenças de predicados, são eles: essência,
quantidade, qualidade, relação, lugar, posição, estado, ação e paixão. Dentro do
raciocínio há também três grupos de proposições e problemas. Os éticos, que
versam a filosofia natural e a lógica. Na proposição, pode haver um terno com vários
significados e quando isso acontece é preciso analisar o seu oposto.
Contudo, com essas ferramentas Aristóteles nos mostra como entender e não
se embaraçar com o discurso, sendo na construção ou na compreensão dos
argumentos nele contido.
Ana Paula dos Santos.
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