Alunos do Curso de História e Filosofia da Universidade do Sagrado Coração - Bauru SP.
domingo, 5 de outubro de 2014
sábado, 4 de outubro de 2014
Crise do Socialismo - Por Myriam Becho Mota e Patrícia Ramos Brack.
A
crise do Socialismo
Livro: História das
cavernas ao Terceiro Milênio
Myriam Becho Mota e
Patrícia Ramos Brack
Capítulo
56 – Os limites do socialismo real.
O fracasso do regime socialista
e o esvaziamento ideológico das esquerdas.
A
falência de um modelo
“sem dúvida não conhecemos,
durantes séculos, tamanho vazio ideológico: provavelmente, uma vez mais, desde
a Idade Média... com o colapso de comunismo, aproximamo-nos, porém do grau zero
da ideologia. Jamais os intelectuais foram tão numerosos.” Minc, Alain, 1994.
Após
a segunda guerra mundial, os países socialistas europeus e em especial, a União
Soviética passaram por um grande crescimento econômico e por transformações
sociais. Tais mudanças resultaram a centralização político-administrativa
empreendida pelos Estados que se tornaram dirigentes, reguladores, produtores e
empregadores.
Essa
centralização gerou problemas: ineficiência administrativa, desperdício de
recursos, baixa produtividade do trabalho, falta de inovação tecnológica, entre
outros.
O
fim da URSS
·
Entre 1985 e 1991
·
Mikhail Gorbatchv
Transformações
políticas e econômicas
·
Os problemas da economia russa no final
dos anos 90
·
Grave crise econômica – 1990
·
Sistema frágil – socialismo
·
Substituição pelo capitalismo
·
Queda do PIB
·
Empréstimos FMI
·
Crise se agrava em 1997.
O
colapso dos sistemas socialistas da Europa Oriental
·
Desorganização no Leste Europeu
·
Separatismo
·
Nacionalismo
·
Conflitos étnicos e religiosos
·
Socialismo entra em colapso provocando o
fim do bloco militar – Pacto de Varsóvia.
·
Queda do muro de Berlim.
Conceito de Essência para Pitágoras e Santo Anselmo.
Ana Paula dos Santos
Pitágoras
Pitágoras de Samos viveu de 571-70
a.C a 497-96 a.C, na ilha de Samos na Ásia Menor, foi um importante matemático
e filosofo. Já na sua época, com seus estudos astronômicos, afirmava que o
planeta Terra era esférico e suspenso no Espaço. Pitágoras foi influenciado por
filósofos gregos como Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes.
Sua obra mais importante foi o
Teorema de Pitágoras, pelo qual é possível calcular o lado de um triângulo
retângulo, conhecendo os outros dois lados. Ou seja, ele prova que a soma do
quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.
A escola Pitagórica
Essa escola surgiu na Itália, era um
grupo secreto, de caráter religioso e moral. Essa escola tinha estudos nas
áreas de: Matemática, Música, Astronomia e Filosofia. Segundo Pitágoras a
essência de que são compostas todas as coisas era o número, ou seja, as
relações matemáticas governam todos os outros fenômenos.
Defendia a esfericidade da Terra e
demais corpos celestes, a rotação da Terra ( explicando o dia e a noite) e a revolução
dos corpos celestes em torno de um foco central.
Para o pitagorismo tudo é regulado
segundo relações numéricas. Os números e suas relações são a substancia uma e
imutável de todas as coisas existentes. Ou seja, tudo ao redor se dá através de
relações matemáticas, até a nossa fala é, para essa escola, uma expressão
matemática. O ser e o não é em uma
expressão matemática ficaria da seguinte forma:
O ser = 1 o não ser = -1
1 – 1 = 0
Pitágoras explicava a multiplicidade
através da relação dos opostos (equilíbrio). Ele dizia que mediante o concurso
dos opostos, que são: o ilimitado e o limitado, ou seja, o par e o ímpar, o
imperfeito e o perfeito. Da unidade procede a série dos números aritméticos
depois os números geométricos ou grandezas (formas espaciais). Desde que se têm
o ponto, a linha (sucessão de pontos), as superfícies (sucessão de linhas) e os
corpos (sucessão de superfície), têm-se também os objetos materiais.
Moral dos Pitagóricos
Os pitagóricos mantinhas praticam
ascéticas, que consistia em uma boa conduta social, hábitos alimentares e
abstinências. Acreditavam que depois da morte do corpo, que era visto como uma
prisão para a alma, a mesma se libertava e renascia. Para manter a alma limpa
durante cada reencarnação, eles não poderiam comer determinados alimentos como:
vagens, galos brancos e alguns tipos de peixes.
Na reencarnação, a mesma alma anima
corpos de origens animais, vegetais ou minerais, tinha por objetivo basicamente
o mesmo princípio do espiritismo kardecista, que também acredita no clico de
reencarnações da alma para purificá-la para que, no final do ciclo, a alma
pudesse alcançar o paraíso.
A filosofia consiste no equilíbrio
dos humores da alma e da harmonia dos movimentos do corpo. A finalidade da vida
do homem é imitar a Deus, e esse Deus é tido como sendo total harmonia entre
todas as coisas.
Santo Anselmo de Cantuária
Anselmo de Cantuária foi natural de
Aosta na Itália, viveu de 1033 a 1109. Foi monge beneditino na Normandia e
depois arcebispo na Cantuária na Inglaterra. Santo Anselno é considerado o pai
da Escolástica, que foi influenciado pelo pensamento medieval de Santo
Agostinho no que se refere a fé e a ciência.
Para Anselmo a revelação está acima de qualquer verdade. A razão é inferior a fé, ou seja, só se pode chegar à
razão através da revelação. O homem possui duas formas de conhecimento: a fé e
razão, mas só se consegue entender a razão através da fé. Para ele essa razão nos é dada
somente para justificar o porquê temos fé.
Anselmo afirma que a razão quando bem
conduzida pode afirmar o que a fé crê.
Em Monológion tenta demonstrar a
existência de Deus em duas argumentações:
As coisas são desiguais em perfeição.
E que tudo que possui perfeição em maior ou menor grau, a possui porque
participa da perfeição divina.
Moral em Anselmo
No pensamento de Anselmo podemos
afirmar que tudo aquilo que é mais ou menos justo participa mais ou menos da
justiça absoluta; tudo que é bom participa do bem absoluto e só Deus é bom por
sim mesmo. Só Deus é soberanamente grande, superior a tudo o que existe.
Tudo aquilo que existe possui uma
causa e essa causa é se elevar a Deus. Essa causa de tudo é perfeita. E como
para o pensamento anselmiano só existe uma causa perfeita, entende-se que essa
causa perfeita é Deus.
Em Proslógion, Anselmo parte da idéia
de que a palavra Deus indica um ser perfeito e existir é uma prova de
perfeição, então a palavra Deus, novamente, pode indicar algo realmente
existente.
“Eu não tento, Senhor, aprofundar-me
nos teus mistérios, porque a minha inteligência não é adequada, mas desejo
compreender um pouco da tua verdade, em que meu coração já crê e ama. Eu não
procuro compreender-te para crer, mas crer para poder compreender-te.” Nessa
citação Anselmo deixa claro sua necessidade de utilizar a razão somente para
explicar sua fé. Sabendo que somente através de sua fé poderia ser agraciado
com a razão para completar sua compreensão.
Considerações Finais
Pitágoras e Anselmo acreditavam que a
totalidade (Anselmo) e a Perfeição (Pitágoras) estavam no mesmo Ser. Para ambos
a verdade de tudo é uma verdade Una, Deus.
De certa maneira o pensamento
medieval de Anselmo complementa o de Pitágoras, pois, mesmo um acreditando na
reencarnação da alma o outro complementa com a imaturidade da alma de entender
Deus.
Ou seja, para Pitágoras o indivíduo
passa por inúmeros corpos, desde o mineral passando pelo vegetal e chegando ao
corpo humano, sua alma segue seu corpo conseguindo entender as faculdades que
são dadas a esse corpo em cada reencarnação. Já Anselmo diz não se esforçar
para entender certas verdades, pois não é dado a sua alma compreender tamanha
perfeição. Esse pensamento complementa a evolução da alma humana e mostra como
o pensamento medieval, mesmo estando em um cenário cristão, remete a
antiguidade clássica.
Referências:
HISTÓRIA DA
FILOSOFIA OCIDENTAL. Disponível em: http://historiadafilosofia.wordpress.com/2009/01/20/capitulo-1-artigo-2-%E2%80%93-os-pitagoricos-%E2%80%93-primeira-parte/ acesso: 19 de maio de 2014.
PITAGORAS:QUEM FOI? Disponível em : http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/37866/pitagoras-quem-foi acesso: 19 de maio de 2014.
STACCONE, G.
Filosofia da Religião. O pensamento do Homem ocidental e o problema de Deus.
Petrópolis: Vozes. 1991.
ZILLES, U.
Fé e razão no pensamento medieval. 2d. Porto Alegre: EDIPUCRS. 1996.
Resenha - Tópicos de Aristóteles
Tópico I -
Aristóteles em sua
obra, no livro I, preocupa-se encontrar um método de investigação, pelo qual
possamos raciocinar sobre problemas que nos sejam apresentados, partindo de
opiniões geralmente aceitas, sobre qualquer problema.
A principio, para ter
uma melhor compreensão do seu tratado, Aristóteles explica o que é o
raciocínio, como sendo um argumento em que a partir das primeiras premissas as
outras são deduzidas através delas.
Há três tipos de
raciocínios: o dialético, caracterizado por partir de opiniões geralmente
aceitas; o contencioso ou erístico, que partem de opiniões que parecem ser
geralmente aceitas, mas não são de fato; e o paralogismo ou falso raciocínio,
são conduzidos por pressupostos falsos.
Aristóteles desenvolve
esse tratado para trabalhar o adestramento do intelecto, as disputas casuais e
as ciências filosóficas, ou seja, esse tópico nos possibilita a usar o discurso
sem cair em contradição. Com esse adestramento, primeiro devemos compreender o
que será argumentado e depois revisar o material que utilizaremos para tal
argumentação para evitar contradições ou falhas no discurso.
O raciocínio é
composto de argumentos que parte de proposições e seus temas (problemas). Sendo
os argumentos destacados como proposições e os temas relacionados como os
problemas, As proposições e os problemas indicam um gênero, uma propriedade, um
acidente e uma definição. A definição é uma frase que significa a essência de
uma coisa. A propriedade é um predicado que pertence precisamente a alguma
coisa. O gênero é o que se predica a partir de sua essência. Já o acidente como
sendo algo que pode ou não pertencer a uma determinada coisa, além de ser também
uma propriedade temporária.
Utiliza-se um plano de investigação para encontrar e manipular a
identidade de algo. Essa identidade pode ser: numérico, especifico e genérico. A
identidade numérica é utilizada quando se tem mais de um nome para a mesma
coisa. A Especifica (espécie) é utilizado para coisas idênticas e da mesma
classe. E a identidade genérica é para perceber as coisas que pertence ao mesmo
gênero.
No raciocínio também há diferenças de predicados, são eles: essência,
quantidade, qualidade, relação, lugar, posição, estado, ação e paixão. Dentro do
raciocínio há também três grupos de proposições e problemas. Os éticos, que
versam a filosofia natural e a lógica. Na proposição, pode haver um terno com vários
significados e quando isso acontece é preciso analisar o seu oposto.
Contudo, com essas ferramentas Aristóteles nos mostra como entender e não
se embaraçar com o discurso, sendo na construção ou na compreensão dos
argumentos nele contido.
Ana Paula dos Santos.
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