sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A VIDA, NUA E CRUA.

As vezes ficamos tão preocupados com a correria da vida, que nos esquecemos de viver. Passamos pela vida, não presenciamos a beleza dela. Coisas simples no caminho, como flores, não damos a devida atenção, e isso faz com que nossa  vida fique sem cor. São essas coisas que nos fazem viver plenamente, só precisamos saber notá-las.



segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Meus desenhos - rabiscos

Há algum tepo atrás quando precisei decidir que profissão seguir com apenas 17 anos, fui para a área de design gráfico.
Adorava criar, desenhar, aprender. Levei um tempo para conseguir aprender a desenhar, e mesmo assim, ainda peno para conseguir fazer um trabalho bacana.
O mais engraçado  é que hoje eu não me vejo como uma designer, pois essa área é mais um hobby para mim do que um trabalho. Então fico a pensar: Por que temos que decidir tão cedo a profissão que temos de seguir?
Muitas vezes o jovem não tem maturidade para saber o que quer ainda com tão pouca idade, mas a sociedade o impõe ter uma profissão.
Com 26 anos vejo que não adianta correr para não perder tempo, pois iremos nos cansar e precisar parar e descansar, tomar fôlego e depois levantar e continuar nossa caminhada.

Os trabalhos abaixo são de quando eu comecei a desenhar, sou muito grata a minha persistência , pois como chorei, tantas folhas joguei e mesmo assim não desistia até consegui terminar um trabalho.



















terça-feira, 5 de julho de 2016

Soldados de Guerra. Série Guerras

Todos em frente
A tropa toda marchando para cima do inimigo
Corram, atirem, protejam, matem, morram
 A ordem da guerra é sempre a mesma.
O que é preciso para vencer?
Preparo disparos e persistência.
Guernica - Pablo Picasso 1937
Todos prontos.
Marchem, marchem.
Soldados. Ao ataque.
Tropas em posição de combate,
Lutando por um ideal, que nem ao menos entendem
Nem ao menos são seus ideais.
Marchem, marchem.
Adiante, cuidado com o inimigo.
Todos prontos para a guerrilha.
Matem, matem.
Antes que morram.
Corram, escondam-se.
Antes que te encontrem.
Cuidado! Todos querem o mesmo:
Voltar para casa.
Próximo passo alimente-se para guerra
Durmam, não tenham medo.
Descanse em paz,
E não encare a paz como ironia
Pense na paz como o fim
E na guerra como o meio para se chegar.
Mas, não se percam no caminho.
Matem, mas não morram.
Corram, corram,
E procurem achar um sentido para entender tudo isso.
Pois, lutar, vencer e morrer.

Não conforta o que se passa para sobreviver.

Humanidade estática - Série Guerras

Ana Paula dos Santos
Felicidade


O tempo passa, as técnicas avançam
E o homem continua estático
Lutando contra ele próprio.
Centenas, milhares, são os motivos para se execrarem
Motivos leais, porém, que não deixam de ser banais.
Matar ao próximo, ao invés de amar.
Maltratar, saquear, estuprar
Inúmeras são as atrocidades que se faz consigo próprio.
O homem não tem limite ou pudor quando está em guerra.
O pior é o melhor, mas o contrario é insuportável.
Jamais, em uma batalha, coloca-se no lugar do inimigo,
Pois fazendo isso se descobre suas fraquezas.
E para ser um guerreiro, precisa-se de qualidades
Precisa-se ser uma fortaleza e jamais demonstrar 
Ao próximo sua fraqueza.





Quem é você no espelho? Série Guerras


Ana Paula dos Santos

A guerra nasce da união de uma nação?
Mas quais são os limites da humanidade?
Quais são as linhas que nos dividem?
Somos humanos, mas tão desumanos 
Quando queremos territórios alheios
Quais os motivos da guerra?
Conseguir as conquistas de outros
Ou então, ir além de si mesmo?
Matar, morrer, qual é a ordem correta?
Levar para casa uma medalha
Honra? Por ter matado alguém 
Que tinha os seus mesmos objetivos
Sobreviver.
Sonhos se tornam pesadelos.
Gritos, vozes, ruídos,
tudo ao mesmo tempo.
Quem é você no espelho?

O mocinho ou o inimigo?

Inimigos somos nós. Série Guerras

Ana Paula dos Santos
Tranquilidade - Paz.

Quem é o inimigo? Quem é você?
Em uma batalha como saber de que lado estamos?
O objetivo dos dois lados é o mesmo.
Então como saber se estamos lutando contra o inimigo?
Ou se o inimigo estamos sendo?
Temos uma nação a esperar por nós no final,
Mas e a família?
O ideal da nação é um só e é por isso que lutamos
Porém, por que nos matar por ideais?
O inimigo passa o mesmo que nós.
E os massacramos, tentando nos defender.
A ironia é: tentamos nos defender de pessoas como nó
s.
Voltando para casa, reencontrando entes queridos.
Que lado teve essa sorte?
Que lado há mais feridos?
Dessa vez voltamos, mas da próxima
Pode voltar o inimigo.



sábado, 18 de junho de 2016

Relações econômicas entre governos e seu legado para o Brasil Atual

Ana Paula dos Santos
 
Resumo: O presente artigo tem por objetivo descrever as ações econômicas adotadas pelo governo de 1930 até 1994. Período em que a política brasileira foi governada por Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek, posteriormente entra em vigor o Regime Militar e em 1992, com o impeachment de Fernando Collor de Mello, Itamar Franco assume a presidência.
Palavras-chave: Economia, Política, Ditadura Militar, Era Vargas, Governo JK, Itamar Franco

Introdução:
De 1889 até 1930 o Brasil possuía uma forma de governo, denominada de Republica Velha, constituída por uma economia de produtos cafeeiros, pela mão de obra imigrante e em que seu desenvolvimento industrial era basicamente da renda do café.
Houve também, em nossa Historia o coronelismo possibilitado pelo o voto do cabresto que só teve fim com a mudança do sistema agrário.
Daremos ênfase, nesse artigo, na fase econômica do Brasil que se estende de 1930, com o governo de Getulio Vargas até 62 anos depois com a posse de Itamar Franco.
Para compreendermos as ações econômicas desse longo período, de 64 anos,vamos analisar a política de cada um desses presidentes.
Era Vargas:
A Era Vargas inicia-se em 1930 com o fim da oligarquia cafeeira. Compreende-se o período que vai de 1930 até 1934, denominado Governo Provisório; de 1934 até 1937 o Período chamado Governo Provisório e de 1937 até 1945 o Estado Novo.
No Estado Provisório, Vargas centralizou o poder, eliminou os órgãos legislativos     ( federal, estadual e municipal). Devido a essa centralização de, o Estado de São Paulo começou uma manifestação armada, essa ação foi denominada de Revolução Constitucionalista e exigia a realização de eleições para a elaboração de uma Assembléia Constituinte.
Em 1934 o presidente aprovou a eleição para a Constituinte e essa nova constituição aprovou o voto feminino e direito aos trabalhadores. Durante esse governo Getulio Vargas adere ao seu governo traços fascistas e totalitários defendidos pelo governante italiano Mussolini e apreciados pela Ação Integralista Brasileira.
Já o Estado Novo que vai de 1937 até 1945 é um governo eleito indiretamente com traços nacionalistas, herança fascista.
Segundo Alcir Lenharo em sua obra Sacronização da Política, o Estado Novo é o reencontro do Brasil consigo Mesmo. Os Sindicatos dessa época ficavam entre a Nação e o Estado para assim diminuírem os rebeldes, pois eram controlados pelo o Estado.
O Estado possuía ma função moderadora, e a economia para Vargas mantinham o capitalismo atrasado e tardio, devido ao seu nacionalismo.
Para Furtado a política de defesa do café, no pós 30, ao ser financiado por créditos internos e não empréstimo internacional favoreceu o surto industrial do período. E em 1945 O presidente Getulio Vargas é Deposto de seu cargo.

Governo Juscelino Kubitschek 

Juscelino Kubitschek assumiu a presidência em 1955, seu governo foi modernizador devido a sua política desenvolvementista, isso quer dizer, fazer o País se desenvolver 50 anos em 5.

O seu Plano de Meta, que possui 31 metas para o desenvolvimento interno do Brasil era dividido em: transporte, alimentação, energia, indústria de base, educação e a construção da nova capital nacional Brasília. Nesse período a indústria automobilista ganha destaque e em  1960 Brasília é inaugurada sua construção foi projeta pelo arquiteto renomado Oscar Niemeyer.

O seu Plano de Metas utilizava empréstimos externos para construção de estradas e também a construção de Brasília.

Na indústria de base, JK construiu siderúrgica e ampliou a Petrobrás, obra de Getulio Vargas além de fazer hidrelétricas. Porém, com todo esse capital internacional circulando dentro do país as empresas nacionais tiveram prejuízo.

Ou seja, o período de 1955 a 1960 governado por Juscelino Kubitschek, fez com que o Brasil se desenvolvesse internacionalmente e entrasse assim para o capitalismo, mas também fez com que o país desenvolvesse dividas externas. 

Regime Militar 

A ditadura Militar brasileira teve início em 1964 e termino somente em 1985. Podemos descrever essa fase como sendo o governo de militares sobre o povo braileiro, é caracterizado pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, e perseguição.

No período do Regime Militar, desenvolvem-se políticas de estabilização econômica, o PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo) com a finalidade de equilibrar o mercado financeiro. A criação da correção monetária e do Banco Central.

O chamado Milagre Econômico, entre 1969 a 1973, período mais violento da ditadura, teve taxas de crescimento acima de 10% ao ano, isso se deveu a reorganização do sistema financeiro brasileiro bem como a alta liquidez internacional e beneficiou-se do grande crescimento do comércio mundial e sua abertura comercial e financeira em relação ao exterior. Ou seja, principalmente durante o milagre ocorreu uma captação de recursos no exterior e seu repasse para empresas de dentro do país, sem uma necessidade estrita de empréstimos externos.

Governo Itamar Franco 

Itamar Franco passou a governar o país em 1992 após à renuncia de Fernando Collor de Mello.

Sua principal participação econômica foi o Plano Real, um pacote de medida econômica que vinha na esteira de outros planos anteriores. Com o intuito de controlar a inflação e estabilizar a economia. Diferentemente dos demais, o Plano Real entrou em vigor em março de 1994 respaldado por Medida Provisória, garantindo assim um aparato legal inexistente anteriormente.

A equipe que elaborou o Plano Real era formada por economistas oriundos da PUC do Rio de Janeiro, sendo alguns formados nos Estados Unidos, e tinha como coordenador Fernando Henrique Cardoso (FHC), sociólogo nomeado ministro da Fazenda por Itamar Franco em maio de 1993.
            O objetivo do Plano Real era criar condições para se enfrentar a inflação, através do controle cambial, e garantir condições para o investimento de capitais estrangeiros para recuperar a economia nacional.
Considerações Finais.
Com viemos, nessa análise econômica, todos os governos trouxeram legados favoráveis e desfavoráveis para a atuação atual condição do país.
Se considerarmos a política econômica da Era Vargas, conseguimos enxergar seu legado até hoje, com o voto feminino, as leis do trabalho, férias remuneradas, porém, até hoje também temos uma grande contradição com os sindicatos que parece ainda estar do lado do Estado e não do empregado.
Vargas também deixou para o país, um de seus maiores legados, que foi a Petrobras, indústria nacional que fazia a economia local se desenvolverem por si só. Se não fosse a corrupção e má administração atual, a Petrobras ainda seria uma empresa de grande valor nacional e internacional.
O governo de JK nos deixou as grandes indústrias internacionais e uma abertura para o capital externo, fazendo com que o país se desenvolvesse e competisse com o capitalismo internacional.
 Porém, em contrapartida fez com que o país entrasse em débitos externos sentidos até nos dias atuais. Convivemos com essa abertura para o capital externo e empresas internacionais que, em seu lado negativo deixa no Brasil, uma marca de internacionalidade e despreza, muitas vezes, as próprias indústrias nacionais

A Ditadura Militar contribuiu com seu Milagre Econômico deixando que se trouxesse recursos do exterior e repassou para empresas nacionais.  O legado econômico para o Brasil da ditadura foi uma crise da dívida externa que desestruturou profundamente a economia brasileira, desestruturação essa, que sentimos e vivemos seus resquícios até os dias atuais.

Já a Era de Itamar Franco, deixou seu Plano Real, utilizado até hoje em nossa moeda nacional. O objetivo do Plano Real, como já dito anteriormente, era criar condições para se enfrentar a inflação, através do controle cambial, e garantir condições para o investimento de capitais estrangeiros para recuperar a economia nacional.

 Bibliografia:
LENHARO, Alcir. Pátria como Família In: Scronização da Política. São Paulo: Papirus/Editora Unicamp, 1986.
MENDONÇA, Sônia Regina. As bases do desenvolvimento capitalista dependente. In: LINHARES,M. Y. ( Org) História Geral do Brasil. São Paulo: Ed. Campus, s/d.
FAUSTO, Boris. - 13. ed., 1 reimprt. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
 A economia na Ditadura <http://www.cartacapital.com.br/economia/a-economia-na-ditadura > Ultimo acesso em 02 de junho de 2016.
VARGAS, Getúlio, A campanha presidencial, Editora José Olímpio(1951).       
KUBITSCHEK, Juscelino. A Escalada Política - Meu Caminho para Brasília. Rio de Janeiro: Bloch Editores S.A., 1976. Volume II