sábado, 31 de outubro de 2015

Mitologia de Cordel.

O Projeto Mitologia de Cordel faz parte do programa da Capes, PIBID de Filosofia da Universidade do Sagrado Coração, de Bauru SP.
Teve por objetivo colocar em pratica os ensinamentos do projeto de Mitologia. 
Neste projeto, os alunos aprendem sobre a origem da mitologia, seus deuses, suas funções perante os mortais, o surgimento do céu e da Terra, segundo a visão mitológica. 
Para colocar  em pratica esses aprendizados e fazer uma atividade de produção textual, os alunos desenvolveram seus cordéis mitológicos.














sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Felicidade para Aristóteles - Ética a Nicômacos

 Segundo Aristóteles a felicidade é o bem supremo, pois não depende de outro bem para existir. Dentre as finalidades inúmeras que as pessoas buscam, no final, o que todos querem é a felicidade. A felicidade, segundo Aristóteles é auto-suficiente, ou seja, torna a vida desejável por não ser carente de coisa alguma.
A felicidade precisa de bens externos para existir, pois precisamos de instrumentos materiais para praticá-la. Há quem ache que a felicidade é boa sorte também, como ter filhos belos e educados, ou então, colocam a felicidade como presente divino.
Para o autor, o homem feliz será feliz por toda a vida, pois estará sempre engajado na prática ou contemplação do que é conforme à excelência.

Para se entender a felicidade como sendo uma atividade da alma conforme a excelência perfeita, precisamos entender o que é excelência.

Um pouco de Ética.

"Ótimo é aquele que de si mesmo [conhece todas as coisas; Bom, o que escuta os conselhos [dos homens judiciosos. Mas o que por si não pensa, nem [acolhe a sabedoria alheia, Esse é, em verdade, uma criatura [inútil1 ." Ética a Nicômacos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Rumo ao Abismo Econômico - Eric Hobsbawm

Ana Paula dos Santos.
Eric Hobsbawm  faz uma análise de como o mundo está entra as guerras.Suponhamos que a Primeira Guerra Mundial tivesse acabado e não deixado vestígios no mundo, assim como aconteceu com o Japão, em 1923, no terremoto, que se enterrou os corpos dos mortes de reconstruiu a cidade, se a guerra não tivesse deixado seu legado econômico-politico social, não haveria o colapso econômico entre as guerras.
E sem esse colapso econômico, não existiria Hitler e o Nazismo, e nem Rosevelt.  Para entendermos o que aconteceu em meados do século XX precisamos entender primeiro o colapso econômico e seu impacto no mundo.
A primeira Guerra mundial devastou a Europa, e longe da América, longe de ser o ápice do Novo Mundo, os EUA se tornaram o epicentro do maior terremoto global -  a grande depressão do entreguerras. A economia mundial capitalista a partir de então começa a desmoronar.
Economistas que no século XIX  estudavam os ciclos econômicos e suas flutuações, o chamado “ciclo do comércio” esperava que tudo se repetisse em períodos de sete a onze anos, mas no começo de 1920, um economista russo, N.D. Kondraatiev, desenvolveu as chamadas ondas longas de cinqüenta a sessenta anos, para se avaliar os ciclos capitalistas.
Essas ondas capitalistas eram tidas como no pensamento de Karl Marx como parte do processo econômico do regime e achava que esses ciclos colocariam em risco o capitalismo.
Desde a Revolução Industrial a economia mundial vinha em um ritmo acelerado, porém entre as guerras houve um declínio desse ritmo e foi isso que fez os economistas repensarem essas flutuações cíclicas para assim entender melhor as ondas econômicas.
No começo de 1920 o comércio mundial começa a se estabilizar novamente, porém, com a depressão de 29 há o regresso.
Em 1924 houve o normalismo, ou seja, as coisas se acalmam. Nessa época o mundo passava por uma onda de desemprego, somente os EUA, que mantinha uma média de 4 % de desempregado no país.
Porém,  no dia 29 de outubro de 1929, em NY, coloco a quebra da bolsa de valores, coisa que até o momento ninguém imaginava que poderia ter acontecido. Essa queda foi algo próximo ao colapso da economia mundial que estava em um círculo vicioso onde cada queda dos indicadores econômicos reforçava o declínio em todos os outros indicadores.
A produção industrial começa a decair a partir de então, e a Depressão se torna global no sentido literal. Todas as Nações estavam envolvidas nesse declínio econômico.
O Brasil tornou-se um símbolo do desperdício do capitalismo e da seriedade da Depressão, os fazendeiros do café começaram a queimar café no lugar de carvão nas locomotivas a vapor.
A situação se agravava ainda mais devido a previdência publica, seguro social, inclusive auxilio desemprego, ou não existia, como nos EUA, ou, pelos padrões de fins do século XX.
O impacto traumático do desemprego em massa, nessa situação, sobre a política dos países industrializados, acarretou na Fila da Sopa, Marchas da Fome.
Depois da Primeira Guerra Mundial, o desemprego ficou como um ferida aberta na sociedade, como uma doença social específica da civilização ( Arndt, 1944, p.250). E com a Grande Depressão, o governo passa a investir em modernos sistemas previdenciários.
Os EUA, já eram, em 1913 a maior potencia industrial do mundo, após o fim da Primeira Guerra eram em muitos aspectos a economia dominante e volta a tornar-se depois da segunda guerra mundial. Foi a grande depressão que interrompe esse processo momentaneamente.
Além disso, a guerra não apenas reforçou a posição como maior produtor industrial do mundo, como também os transformou em maior credor do mundo.
Mais para frente, em 1919, na conferência e paz de Versalhes, impôs a Alemanha o pagamento dos reparos pelo custo da guerra e os danos, como justificativa para tal inseria-s a clausula de que a  Alemanha era a única culpada pela  guerra. O objetivo desse tratado era de deixar a Alemanha fraca e pressioná-la.
Os bancos atingidos pelo Boom especulativo imobiliário chegaram ao auge sobrecarregado de dividas não saldado, novos empréstimos. Houve hipotecas domésticas, a produção de automóveis nos EUA cauí pela metade.
Porém, uma hora a crise cíclica teria de passar, e isso começa a acorrer após 1939. A partir dos anos 30, houve inovações, e veio então a diversão e o meios de comunicação, com todo tempo disponível, devido ao desemprego, as pessoas passaram a ir para o cinema para ocupar o tempo.

No Brasil Depressão acabou com a Oligárquica “ Republica Velha” de 1899-1930 e levou ao poder Getúlio Vargas.  Em 1939 Começa a Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Conceitos Platão.

    

Foi discípulo de Sócrates, e transcreve alguns diálogos de seu mestre para com os jovens atenienses.
Em seus diálogos, sempre há um tema em destaque, utiliza da maiêutica socrática (conhece-te a ti mesmo) para o entendimento e desenvolvimento do tema em discussão.
Teoria das Formas ou mundo das Ideias:
Mundo físico – Corpo/ sentidos/ mundo inferior/ com espaço e tempo.
Esse mundo seria uma cópia do mundo ideal, uma imitação das formas perfeitas da idéia.
Mundo ideal – Superior/ alma/ sem espaço e tempo.
Sua essência e imaterial e eterna.
Substância primordial – é a essência das coisas que está no mundo das idéias. Tipo perfeito de algo que está a nossa idéia, mas que quando se torna físico adquiri características imperfeitas.
Alma – Criada pelo Demiurgo (Artesão) – Anima o corpo. O homem é a alma, porém se torna um escravo da mesma.
Bens da alma – Virtude/ verdade/ Beleza/ bondade/ felicidade.
Demiurgo – Demios= do povo / Ourgos= trabalhador. Ou seja, ele trabalha para o povo, organiza o caos.
A Religião de Platão – Victor Goldschmidt
A religião de Platão - é a dialética entre o mundo físico e o mundo das formas. Para ele Deus seria as formas.
O homem: O vivente Mortal – corpo + alma.
Corpos celestes – alma do mundo/ moldada pelo Demiurgo/ perfeição / harmonia/ inteligência e imortalidade.
O bem se atinge ela inteligência – retornar ao corpo celeste.
O mal se atinge pela estupidez – reencarnar segundo o grau da maldade. Ex: Mulher, pássaro, peixe.
Metempsicose – teoria da transmigração da alma. Plantas / animais / homens.
Plantas – perecíveis
Animais – alma mortal
Homem – alma mortal ligada ao corpo imortal.
Teoria da Reminiscência: Como a nossa alma veio da alma celeste, que todo conhece, nós conhecemos através de lembranças dessa alma superior.


Dialética do Esclarecimento - Adorno e Horkheimer O Conceito de Esclarecimento - Resumo

Dialética do Esclarecimento - Adorno e Horkheimer O Conceito de Esclarecimento
O esclarecimento tem a função de livrar os homens do medo e de colocá-los como senhores de si próprios.
O esclarecimento humano seria o grande tesouro do mundo, sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber.
Não é bom se dizer que temos duvidas, ou que não temos certezas. O entendimento é um bem do humano, porém as vezes caímos sobre o entendimento sem saber para onde iremos.
O saber é poder, pois esclarece o entendimento humano e o faz livre.
Xenófanes zombava da multidão de deuses, porque eram iguais aos homens, que os produziram, em tudo aquilo que é contingente e mau, e a lógica mais recente denuncia as palavras cunhadas pela linguagem como moedas falsas, que será melhor substituir por fichas neutras. O mundo torna-se o caos, e a síntese, a salvação.
No trajeto para a ciência moderna, os homens renunciaram ao sentido e substituíram o conceito pela fórmula, a causa pela regra e pela probabilidade.
Para os pré- históricos a vida e a morte haviam se explicado e entrelaçado nos mitos.
O esclarecimento, porém, reconheceu as antigas potências no legado platónico e aristotélico da metafísica e instaurou um processo contra a pretensão de verdade dos universais, acusando-a de superstição.
Para Platão o elemento básico do mito sempre foi o antropomorfismo, a projeção do subjetivo na natureza. Os demônios seriam as imagens dos homens que se deixam amedrontar pelo natural. Todas essas figuras míticas podem se reduzir, pelo esclarecimento, ao homem.
os mitos que caem vítimas do esclarecimento já eram o produto do próprio esclarecimento. No cálculo científico dos acontecimentos anula-se a conta que outrora o pensamento dera, nos mitos, dos acontecimentos. O mito queria relatar, denominar, dizer a origem, mas também expor, fixar, explicar.
O esclarecimento acabou por consumir não apenas os símbolos mas também seus sucessores, os conceitos universais, e da metafísica não deixou nada senão o medo abstrato frente à coletividade da qual surgira.
Pois o esclarecimento é totalitário como qualquer outro sistema. Sua inverdade não está naquilo que seus inimigos românticos sempre lhe censuraram: o método analítico, o retorno aos elementos, a decomposição pela reflexão.
 Kant combinou a doutrina da incessante e laboriosa progressão do pensamento ao infinito com a insistência em sua insuficiência e eterna limitação. Sua lição é um oráculo. Não há nenhum ser no mundo que a ciência não possa penetrar, mas o que pode ser penetrado pela ciência não é o ser.


A Indústria Cultural: O Esclarecimento Como Mistificação das Massas
A unidade evidente do macrocosmo e do microcosmo demonstra para os homens o modelo de sua cultura: a falsa identidade do universal e do particular. Sob o poder do monopólio, toda cultura de massas é idêntica, e seu esqueleto, a ossatura conceitual fabricada por aquele, começa a se delinear. Os dirigentes não estão mais sequer muito interessados em encobri-lo, seu poder se fortalece quanto mais brutalmente ele se confessa de público.
A televisão visa uma síntese do rádio e do cinema, que é retardada enquanto os interessados não se põem de acordo. As queixas dos historiadores da arte e dos defensores da cultura acerca da extinção da força criadora do estilo no Ocidente são assustadoramente destituídas de fundamento. A tradução estereotipada de tudo, até mesmo do que ainda não foi pensado, no esquema da reprodutibilidade mecânica supera em rigor e valor todo verdadeiro estilo, cujo conceito serve aos amigos da cultura para transfigurar em algo de orgânico o passado pré-capitalista.
Se ele adapta Mozart ao jazz, ele não o modifica apenas nas passagens em que Mozart seria difícil ou sério demais, mas também nas passagens em que este se limitava a harmonizar de uma maneira diferente, ou até mesmo de uma maneira mais simples do que é costume hoje. Nenhum construtor medieval poderia ter passado em revista os temas dos vitrais e esculturas com maior desconfiança do que a hierarquia dos estúdios de cinema ao examinar um tema de Balzac ou Victor Rugo, antes de lhe dar o imprimatur do aceitável.
É com razão que o interesse de inúmeros consumidores se prende à técnica, não aos conteúdos teimosamente repetidos, ocos e já em parte abandonados. Todavia, a indústria cultural permanece a indústria da diversão. Seu controle sobre os consumidores é mediado pela diversão, e não é por um mero decreto que esta acaba por se destruir, mas pela hostilidade inerente ao princípio da diversão por tudo aquilo que seja mais do que ela própria.
— A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. . Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre: a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho.
A fusão actual da cultura e do entretenimento não se realiza apenas como depravação da cultura, mas igualmente como espiritualização forçada da diversão. Divertir significa sempre: não ter que pensar nisso, esquecer o sofrimento até mesmo onde ele é mostrado. A impotência é a sua própria base. É na verdade uma fuga, mas não, como afirma, uma fuga da realidade ruim, mas da última ideia de resistência que essa realidade ainda deixa subsistir. A liberação prometida pela diversão é a liberação do pensamento como negação.
No liberalismo, o pobre era tido como preguiçoso, hoje ele é automaticamente suspeito. O trágico é reduzido à ameaça da destruição de quem não coopera, ao passo que seu sentido paradoxal consistia outrora numa resistência desesperada à ameaça mítica. O destino trágico converte-se na punição justa, na qual a estética burguesa sempre aspirou transformá-la. A moral da cultura de massas é a moral degradada dos livros infantis de ontem.
Na indústria, o indivíduo é ilusório não apenas por causa da padronização do modo de produção. Ele só é tolerado na medida em que sua identidade incondicional com o universal está fora de questão.

O novo não é o carácter mercantil da obra de arte, mas o facto de que, hoje, ele se declara deliberadamente como tal, e é o facto de que a arte renega sua própria autonomia, incluindo-se orgulhosamente entre os bens de consumo, que lhe confere o encanto da novidade. A arte como um domínio separado só foi possível, em todos os tempos, como arte burguesa.